A importância das pessoas serem donas do negócio

 

“Esse é o mindset inicial para lidar com mudança”

Estamos em plena vivência de uma nova economia, onde o ser humano é o centro deste tema. O poder que é dado a ele reforça o caminho da sustentação do propósito do negócio, da cultura relacional e principalmente da abertura de caminhos para que haja incentivo e presença constante de inovação metodológica.  É fácil? Claro que não. Mas existem premissas importantes a serem consideradas.

Para o surgimento de um negócio, uma ou no máximo duas pessoas iniciam a ideia. Muitas vezes ligado a um sonho, um desejo de ver realizado algo que já sentiram na pele a necessidade e a dor de não ter tido aquela solução, aquele produto ou aquele serviço.  Assim nasce um negócio. Dá trabalho crescer e sustentar? Sim. O que considerar?

Em qualquer negócio que seja, as pessoas querem aumentar o potencial da marca. E normalmente este potencial está inicialmente na responsabilidade de 4, 5 ou mesmo 6 pessoas. Isto significa aumentar o potencial do tempo, do dinheiro, do desenvolvimento e da entrega destas 6 pessoas que estão apostando e investindo na marca. As vezes durante esta jornada, decide-se também terceirizar parte deste potencial, afinal, pessoas com capacidade é que não falta no mercado. E normalmente o que se dá ênfase é o conhecimento técnico.

Mais é justamente aí onde mora o perigo. Quando colocamos muita luz na capacidade técnica de uma pessoa, estamos subestimando a importância da afinidade cultural que esta pessoa também precisa ter para fluir junto com o negócio. Ouvi uma vez de um participante do Programa de Formação Líder Agente da Mudança que para o negócio fluir e preservar o DNA da marca, precisamos ter até seis pessoas que representem os “faca na caveira” da empresa. Com um cuidado é claro, de ser desenhado com transparência o significado deste perfil para sustentar com clareza a marca.

O fato é que as pessoas aprendem rápido e qualquer coisa, mas, mudança de atitude pode levar anos. Nesta nova economia os “faca da caveira” já precisam sair jogando. Este é o mindset que estamos vivendo. Quem são as pessoas que ornam com a cultura? Quem já está disposto a aprender e esvaziar a xicara para abraçar a causa sem crenças antigas que normalmente carregam. O grande trabalho é esse. E se não levarmos isso em conta o trabalho é dobrado.

Na velha economia, as pessoas eram contratadas porque cursavam uma excelente faculdade. Hoje na nova economia, estou ouvindo vários dane-se na hora da contratação. Dane-se se você se formou na Faculdade X, fez imersão internacional na instituição Y. O que vale é quem você é e o que você entrega. Claro que quanto mais informação você tiver mais ajuda poderá oferecer, porém a internet está dando um banho de conteúdo para quem levar a sério conhecimento. Capital intelectual continua sendo importante, mas se você não tiver fit cultural, mudança comportamental e entender a importância da dimensão humana no mundo técnico, muito pouco sua marca será sustentável ou pouco você será um potencial candidato para sustentar o crescimento de uma marca.

Dentro do nosso caminhar em apoiar as empresas em suas mudanças e os indivíduos nas suas transições, eu tenho visto muitas pessoas com extrema capacidade técnica serem banidas e demitidas de suas organizações por falta de fit cultural.

Então, nesta nova economia onde a mudança passa a fazer parte do dia a dia da empresa, as pessoas estão sendo chamadas a estarem abertas e capacitadas para entender a importância de preservar o DNA da marca. Serem verdadeiros donos do negócio, com toda a energia, ônus, bônus e bagagem para apoiar o perfil “faca na caveira”. Compreender que por traz de uma marca, existe um sonho e uma intensão clara a ser preservada. As pessoas estão sendo chamadas para gerir junto com os “faca na caveira” o negócio em questão.

Por um outro lado, os idealizadores dos negócios, seja uma startup ou empresas que já cresceram, precisam ter no seu radar também a importância de preparar sua liderança para poderem servir a este potencial de crescimento. E talvez exista a necessidade destes idealizadores revisarem seus papeis e responsabilidade. Existe um mindset em jogo. Delegar, abrir mão de decisões para que o outro tome a decisão, dar abertura, autonomia e verdadeiramente empoderar sua equipe de jogadores é o passo inicial. Do contrário, serão negócios com prazo de validade para terminar e equipes frustradas por não ter tido espaço para jogar.

Ser Líder Agente da Mudança na nova economia passa a ser chave para que o tripé propósito, cultura e nova metodologia se façam presentes em qualquer marca que queira crescer e ser verdadeiramente produtiva no mercado. Esta é a forma de estar a serviço de uma mudança sustentável, que reconhece a dimensão humana tão importante quanto a dimensão técnica.

Vamos conversar mais sobre isso?

Por |2019-10-21T15:26:46-03:0023 de janeiro de 2018|0 Comentários

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